terça-feira, 29 de setembro de 2009

BBC e a convergência digital

O jornal International Herald Tribunte (21.09.2009) apresenta os projetos em execução da BBC e outras emissoras de convergência digital.

Em especial a reportagem noticia a transmissão de conteúdo audiovisual em uma plataforma híbrida de radiodifusão e internet.

No modelo tradicional há a separação tecnológica. Ou o usuário navega na internet ou assiste à programação das emissoras de televisão. Via de regra, as emissoras têm medo de perder sua audiência para a internet.

A BBC desenvolve sua estratégia no sentido de buscar a integração entre o velho e o novo. Manter a sua audiência e conquistar novos telespectadores, valendo-se da nova tecnologia.

Tanto a BBC quanto as outras emissoras públicas não estão presas à publicidade comercial, daí a liberdade na implentação de um novo modelo experimental.

O projeto da TV híbrida denominado Project Canvas envolve a BBC, British telecommunications, ITV e Five.

A aposta é no sentido de que a televisão e a internet caminhem juntas.

Partidos políticos e TV na internet

PT e PSBD anunciaram o lançamento de televisão na rede mundial de computadores (internet).

Trata-se de um passo importante de modernização e democratização da comunicação política em nosso País.

Quanto maior for o acesso aos meios de comunicação mais plural e democrática será a sociedade brasileira.

O modelo tradicional de radiodifusão apresenta severos limites para a comunicação política. Muitos obstáculos ao processo de debate público existem na televisão por radiodifusão.

Agora, a televisão pela internet não sofre do problema de escassez tal como ocorre na radiodifusão. Daí a abundância de novos espaços que podem ser utilizados pelos atores políticos.

Atualmente, não há como pensar na efetivação de uma democracia moderna sem garantir o acesso aos meios de comunicação aos partidos políticos e aos cidadãos.

A abertura de novos canais de comunicação é um primeiro passo.

Em seguida precisamos discutir a qualificação do debate político brasileiro, principalmente os programas para a concretização do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Jornalismo na TV

Um dos pilares da programação da televisão é o jornalismo.

A atividade jornalística é um meio indispensável para a produção e a difusão de informações.

Atualmente, o jornalismo na televisão é, salvo honrosas exceções, pouco qualificado.

As notícias exibidas não possuem utilidade, nem são necessárias para o telespectador.

Pouco contribuem para a educação e a informação do público. Via de regra, o eixo orientador é o sensacionalismo na exibição das reportagens. Este formato cansa e aborrece.

A busca pela excelência no tratamento da matéria jornalística é uma obrigação dos veículos de comunicação social. Afinal, são instrumentos para a realização de um serviço público. Logo, as emissoras têm a obrigação de oferecer qualidade em sua programação.

Mas, as mudanças qualitativas passam por uma maior grau de exigência dos telespectadores.

Afinal o público é destinatário final no jornalismo sério e de qualidade, é merecedor de mais respeito.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

FUTURO DA TV

Na edição da Folha de São Paulo de 23.08.2009 Jesús Martin Barbero deu uma entrevista onde aborda, entre outros emas, o futuro da televisão.

Segundo o filósofo espanhol a TV do futuro será diferente do modelo atual.

Segundo ele a forma de organização atual da TV, por programação por faixas de horário, é uma imitação do modelo do rádio.

Em razão da internet há a reconfiguração da temporalidade. Por isso a TV mudará.

Ou a TV evolui ou a ""seleção natural das espécies" poderá implicar em seu fim.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

IGREJA UNIVERSAL E RECORD

Na Revista Época desta semana saiu matéria sobre a acusação do MP de São Paulo contra Edir Macedo, a respeito do suposto desvio de recursos da igreja Universal para fins privados e para a compra da Record.

A reportagem contempla minha declaração a respeito das implicações da investigação sobre a concessão da TV Record.

Em tese, a igreja pode ter uma emissora de televisão, desde que a programação esteja voltada para as finalidades da igreja. O que é vedado, a princípio, que a igreja possua um canal de televisão comercial. Também, o dinheiro arrecadado dos fiéis deve ser aplicado exclusivamente nos objetivos da igreja e não para fins pessoais.

Por isso a discussão reside em torno da propriedade da Record. Que são os donos: pessoas físicas ou a igreja Universal.Este é o foco da investigação do MP.


Se existirem realmente provas do desvio, a princípio, poderá ser aberto um novo processo judicial para discussão do ato de outorga da concessão.

Crise das Televisões

Na Folha de São Paulo de 19.08.2009, em Tendências e Debates, Jorge da Cunha Lima colocou muito bem o grave problema da crise das televisões. A falta de qualidade da programação da televisão aberta. Exceções existem, mas são raras. Pouco se aproveita do conteúdo audiovisual apresentado pelas emissoras. Aliás, a questão foi levantada inclusive pelo Presidente da República na semana passada. Então, quais as alternativas para o telespectador? Uma delas, é utilizar seu precioso e escasso tempo em outras atividades mais saborosas. Outra, para quem pode, é valer-se da televisão por assinatura. E qual a opção para a maioria dos brasileiros que possui unicamente a televisão aberta como fonte de informação e entretenimento? Lutar por uma televisão de melhor qualidade, seja comercial, pública e estatal. Sem dúvida alguma, a construção de uma televisão pública comprometida com os interesse dos diversos públicos é uma das grandes alternativas para a efetivação do pluralismo e da inovação na programação audiovisual. Serviço público deve ser garantido por uma televisão pública. Aqui, evidentemente é preciso considerar que o cidadão não tem tempo suficiente ou, talvez interesse, para participar deste movimento de transformação. Aqui deve entrar em cena um ator fundamental neste processo: os políticos. É essencial que o Congresso Nacional adote medidas concretas para a efetivação de direitos fundamentais do público (informação, educação e cultura), com a adequação da legislação do setor de radiodifusão à Constituição. Todos perdem com a falta de regras adequadas para a utilização e qualificação da televisão. Daí a pouco se não houver esta mudança estrutural a internet será hegemônica no cenário audiovisual; a televisão será mais assistida, mais olhada como uma peça de museu.

sábado, 27 de junho de 2009

PALESTRA CONCESSAO DO SERVIÇO DE TV POR RADIODIFUSÃO EM FLORIANÓPOLIS

Na palestra prévia, ao lançamento do meu livro TV Digital e Comunicação Social, tratarei do Regime da Concessão do Serviço Público de TV por radiodifusão.

Pretendo apontar as diferentes modalidades de tevês (estatais, públicas e estatais) e suas peculiariedades, no contexto da evolução da tecnologia digital.

O evento é aberto ao público e será realizado em Florianópolis, no Plenarinho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, às 19 hs.