segunda-feira, 24 de agosto de 2009

FUTURO DA TV

Na edição da Folha de São Paulo de 23.08.2009 Jesús Martin Barbero deu uma entrevista onde aborda, entre outros emas, o futuro da televisão.

Segundo o filósofo espanhol a TV do futuro será diferente do modelo atual.

Segundo ele a forma de organização atual da TV, por programação por faixas de horário, é uma imitação do modelo do rádio.

Em razão da internet há a reconfiguração da temporalidade. Por isso a TV mudará.

Ou a TV evolui ou a ""seleção natural das espécies" poderá implicar em seu fim.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

IGREJA UNIVERSAL E RECORD

Na Revista Época desta semana saiu matéria sobre a acusação do MP de São Paulo contra Edir Macedo, a respeito do suposto desvio de recursos da igreja Universal para fins privados e para a compra da Record.

A reportagem contempla minha declaração a respeito das implicações da investigação sobre a concessão da TV Record.

Em tese, a igreja pode ter uma emissora de televisão, desde que a programação esteja voltada para as finalidades da igreja. O que é vedado, a princípio, que a igreja possua um canal de televisão comercial. Também, o dinheiro arrecadado dos fiéis deve ser aplicado exclusivamente nos objetivos da igreja e não para fins pessoais.

Por isso a discussão reside em torno da propriedade da Record. Que são os donos: pessoas físicas ou a igreja Universal.Este é o foco da investigação do MP.


Se existirem realmente provas do desvio, a princípio, poderá ser aberto um novo processo judicial para discussão do ato de outorga da concessão.

Crise das Televisões

Na Folha de São Paulo de 19.08.2009, em Tendências e Debates, Jorge da Cunha Lima colocou muito bem o grave problema da crise das televisões. A falta de qualidade da programação da televisão aberta. Exceções existem, mas são raras. Pouco se aproveita do conteúdo audiovisual apresentado pelas emissoras. Aliás, a questão foi levantada inclusive pelo Presidente da República na semana passada. Então, quais as alternativas para o telespectador? Uma delas, é utilizar seu precioso e escasso tempo em outras atividades mais saborosas. Outra, para quem pode, é valer-se da televisão por assinatura. E qual a opção para a maioria dos brasileiros que possui unicamente a televisão aberta como fonte de informação e entretenimento? Lutar por uma televisão de melhor qualidade, seja comercial, pública e estatal. Sem dúvida alguma, a construção de uma televisão pública comprometida com os interesse dos diversos públicos é uma das grandes alternativas para a efetivação do pluralismo e da inovação na programação audiovisual. Serviço público deve ser garantido por uma televisão pública. Aqui, evidentemente é preciso considerar que o cidadão não tem tempo suficiente ou, talvez interesse, para participar deste movimento de transformação. Aqui deve entrar em cena um ator fundamental neste processo: os políticos. É essencial que o Congresso Nacional adote medidas concretas para a efetivação de direitos fundamentais do público (informação, educação e cultura), com a adequação da legislação do setor de radiodifusão à Constituição. Todos perdem com a falta de regras adequadas para a utilização e qualificação da televisão. Daí a pouco se não houver esta mudança estrutural a internet será hegemônica no cenário audiovisual; a televisão será mais assistida, mais olhada como uma peça de museu.