quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Crise das Televisões

Na Folha de São Paulo de 19.08.2009, em Tendências e Debates, Jorge da Cunha Lima colocou muito bem o grave problema da crise das televisões. A falta de qualidade da programação da televisão aberta. Exceções existem, mas são raras. Pouco se aproveita do conteúdo audiovisual apresentado pelas emissoras. Aliás, a questão foi levantada inclusive pelo Presidente da República na semana passada. Então, quais as alternativas para o telespectador? Uma delas, é utilizar seu precioso e escasso tempo em outras atividades mais saborosas. Outra, para quem pode, é valer-se da televisão por assinatura. E qual a opção para a maioria dos brasileiros que possui unicamente a televisão aberta como fonte de informação e entretenimento? Lutar por uma televisão de melhor qualidade, seja comercial, pública e estatal. Sem dúvida alguma, a construção de uma televisão pública comprometida com os interesse dos diversos públicos é uma das grandes alternativas para a efetivação do pluralismo e da inovação na programação audiovisual. Serviço público deve ser garantido por uma televisão pública. Aqui, evidentemente é preciso considerar que o cidadão não tem tempo suficiente ou, talvez interesse, para participar deste movimento de transformação. Aqui deve entrar em cena um ator fundamental neste processo: os políticos. É essencial que o Congresso Nacional adote medidas concretas para a efetivação de direitos fundamentais do público (informação, educação e cultura), com a adequação da legislação do setor de radiodifusão à Constituição. Todos perdem com a falta de regras adequadas para a utilização e qualificação da televisão. Daí a pouco se não houver esta mudança estrutural a internet será hegemônica no cenário audiovisual; a televisão será mais assistida, mais olhada como uma peça de museu.

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