Ao longo dos últimos dias, duas notícias me chamaram a atenção.
De um lado, o novo Presidente do STF, Gilmar Mendes, sugerindo a auto-regulação da imprensa.
E, de outro lado, a notícia sobre o fato de a Globo reforçar a vigilância sobre a afiliadas, a fim de manter o padrão de qualidade imposto pela cabeça-de-rede, bem como abusos de natureza política favorecendo determinados candidatos.
A auto-regulação da mídia, especialmente das emissoras de televisão, deve ser objeto de reflexões.
No campo específico da publicidade há a experiência bem sucedida com o CONAR.
Contudo, quanto à qualidade da programação, não há a auto-regulação organizada por parte das emissoras de TV.
Cumpre destacar que a auto-regulação não dispensa a regulação estatal, mediante o estabelecimento de um marco regulatório para o setor e a fiscalização de sua aplicação por parte de um órgão público ou agência reguladora.
No caso dos serviços de TV por radiodifusão, na prática, o marco regulatório está ultrapassado (lei de 1962), assim como inexiste uma agência reguladora com autonomia forte o suficiente diante do governo.
De modo, entendo que um dos melhores caminhos para a sociedade é combinar a auto-regulação com a regulação estatal.
Se um dia isto se tornar real a democracia brasileira avançará.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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Um comentário:
Esse assunto precisa ser mais discutido. Obrigada pelas informações.
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